A primeira palavra que nos vem à mente quando nos colocamos a organizar, a viver ou criar um grupo de jovens, é DESAFIO. Ser jovem hoje é um desafio, na escola, na família, na sociedade. O jovem nem sempre é levado a sério, como nos lembra o poeta
Charlie Brown Jr. Porém além de desafio, que muitas vezes é confundido com dificuldade, uma outra palavra que vem é SONHO. Qual é o jovem que não sonha? E como sonha um jovem...
No ultimo dia 23, movidos por desafios, dificuldades e sonhos, demos passos importantes em nossas caminhadas e na caminhada do nosso grupo.
O maior anseio era o de “combater” as forças externas, que tentam subjugar e oprimir o grupo, bem como a ansiosa espera de três anos (mais ou menos) para criar uma identidade, dar um nome, ou simplesmente, deixarmos de ser chamados de “jovens da PJ”. É verdade que somos, é nela que acreditamos, e é a sua força, que vem de Cristo que nos move e une.
Somos muitos, parecemos e aparecemos pouco, nossa busca, não é a fama, a multidão, mas o Reino de Deus, que é semente de mostarda. Somos JUC, JUCEF, JUMP, JJ10, JUSB, JUFRA, JUMAR, JASLO, e outros tantos espalhados pelo Brasil, e agora também fazendo parte da história da PJ, somos JUCCA. Somos Juventude Cristã com atitude.
Somos Cristãos, porque participamos ativamente da vida de Cristo, em uma comunidade específica, a Paróquia Nossa Senhora da Misericórdia, portanto, também abençoados por ela. Somos jovens com atitude, e esta deve ser de um jovem comprometido com Cristo, com seu Reino, com os pobres, sofredores. Somos jovens com atitude de construir a nossa história, de lutar por nossos direitos, de não se calar diante das injustiças. Somos JUCCA!
Nosso encontro no domingo (23/08) foi um ponto chave em nossa história. Auxiliados pelo Irmão Claudemir, celebramos nossa amizade, não perdendo o foco do momento de formação. Retomamos a vida do grupo, e descobrimos que temos uma história, com fatos bons e ruins, mas TEMOS UMA HISTÓRIA, e cada um faz parte dela.
Depois em um momento de silêncio, refletimos o que em nossas vidas mudaram, após estar freqüentando o grupo. Como está nossa relação com a família, com a escola, com Deus, com o namoro, com a comunidade e consigo mesmo. E partimos para uma roda de conversa, em que fomos orientados sobre algumas coisas importantes.
Em primeiro lugar, conversamos sobre como é o nosso grupo. Geralmente, dizemos que tem amizade, alegria, mas que é um grupo desorganizado, em que falta responsabilidade. Foi então que o irmão nos alertou que “o grupo é o que eu sou e tem o que eu dou”. E dessa forma nos “deu nos dedos”. E continuou dialogando sobre a importância de se ter um objetivo claro, uma meta, um caminho para onde queremos andar. E afirmou “quem não sabe pra onde vai, qualquer caminho serve”, ou seja, facilmente é possível errar. E nos “deu nos dedos” novamente. “é preciso nos centralizar no interior do grupo, pensar nos jovens que estão dentro, em nosso objetivo, em nosso programa” afirmou. E por fim, falou ainda sobre a necessidade desse grupo “se fechar”, ou seja, que este grupo assuma uma vida mais intima, que todos possam se conhecer mais, fazer um processo intenso e maduro de formação, para depois sair em missão em outros grupos. “cada novo jovem que entra no grupo forma um novo grupo”, disse.
Após o almoço, iniciamos com o texto do Pe. Hilário Dick, sobre o grupo, como lugar de felicidade do jovem, mas como o sono apertou, realizamos uma atividade mais dinâmica, divididos em dois grupos para elaborar uma apresentação artística, que refletisse sobre o objetivo do grupo.
Dessa dinâmica nasceu um teatro e uma paródia que se tornou o Hit do encontro: “larga tudo”. Essas apresentações suscitaram um diálogo muito bonito que aprofundou alguns aspectos:
· O Grupo é um espaço de Seriedade,
· de maturidade,
· de compromisso,
· de responsabilidade,
· de fidelidade,
· de encontro com Deus,
· de festa
· e de amizade e companheirismo.
“nesse grupo todo mundo tem voz e vez. Nós é que escrevemos nossa história, e não aceitamos nada que venha pronto pra nós. Tudo é decidido em comum, quem decide é o grupo todo. O que a PJ chama de PROTAGONISMO”, lembrou o Irmão.
E conversamos sobre os ministérios (serviços), que há dentro do grupo: o/a coordenador(a), o/a secretário(a)/cronista, os(as) que preparam o encontro, o/a tesoureiro(a), o/a assessor(a). E ainda sobre qual é a função do(a) assessor(a): não pega colo, não é muleta, mas é quem cuida e acompanha o grupo. Falamos ainda sobre a opção metodológica da PJ pelos grupos pequenos, que favoreçam uma formação integral levando a um processo de educação na fé. Processo é caminho, e caminho se faz passo a passo.
Por fim, falamos sobre as coisas irrenunciáveis que orientam cada jovem do grupo: a espiritualidade(mística), a política, a formação(técnica), o social, a afetividade/sexualidade, a festa. Todas essas coisas influenciam o jovem e por isso são essenciais sua reflexão, estudo e celebração dentro do grupo.
E o momento tão esperado, foi quando nos colocamos a pensar em nossa identidade, dando um nome a esta “criança” amada e querida que é o nosso grupo, que ainda precisa crescer muito, o nosso pequeno JUCCA.
Viva o JUCCA, viva cada um de nós, viva a PJ que nos deu oportunidade de ser grupo, e viva Cristo, razão da nossa esperança, da nossa fé e da nossa luta!